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André Cavalcanti, Juiz de Direito
André Cavalcanti
Comentário · há 9 meses
Só o concurso público, numa sociedade em que as pessoas tenham acesso a educação de qualidade e em igualdade de oportunidades, é uma forma legítima de acesso ao serviço público, inclusive para os cargos políticos. A simples eleição traz consigo, de forma inerente, a possibilidade de que os candidatos, sejam quem forem, simplesmente enganem o Povo, já que não precisam demonstrar nenhuma capacidade, senão a de iludir o eleitor com belas palavras durante as campanhas eleitorais milionárias e midiaticamente super produzidas.

Não haveria quebra do princípio democrático, porque todas as pessoas qualificadas para o exercício dos cargos poderiam participar dos concursos e os projetos de Lei a serem votados poderiam ser submetidos ao Povo diretamente, uma vez que já dispomos de recursos tecnológicos para tanto.

Não podemos, contudo, perder a fé na democracia e nas instituições republicanas, apoiando ideias obtusas como uma dita "intervenção militar". Renunciar ao próprio poder político, inerente a cada de um de nós, cidadãos, é o mesmo que se suicidar para a vida social. É entregar a dimensão política de sua vida para que outra pessoa viva em seu lugar. Precisamos, isto sim, fortalecer a democracia e as instituições republicanas, encontrando um modo de fazê-las evolui e aprimorar-se.

Penso que concurso público para todos os cargos políticos e democracia direta para que o próprio Povo, sem intermediários, resolva seus problemas e trace seu destino seja a solução. Tecnologia para isso já temos. Basta agora vontade e direcionamento da força política do Povo. O grande problema é que muitos de nós, quiçá a maioria, acha bem mais cômodo entregar o poder nas mãos de representantes e depois ficar reclamando quando estes fazem falcatruas com os recursos públicos.

Saudações jusbrasileiras.
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